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BONDAGE

Vamos Discutir Sobre este Interessante Fetiche


Se pensarmos em como resumir, em pouquíssimas palavras o cenceito do bondage no bdsm, podemos afirmar que:

Bondage é um tipo específico de fetiche, geralmente relacionado com sadomasoquismo, onde a principal fonte de prazer consiste em amarrar e imobilizar seu parceiro ou pessoa envolvida. Pode ou não envolver a prática de sexo com penetração.

Objetos utilizados no bondage

Cordas
Algemas
Algema de dedos
Grilhões
Camisa de força
Coleiras
Mordaças
Vendas
Electroejaculador
Correntes e cadeados

Sendo assim definido, vamos falar sobre a versão mais conhecida, que é o bondage usando cordas. E neste contexto, podemos falar de um tipo mais específico de bondage que vem se popularizando cada vez mais, o Shibari

Mas antes de mais nada, vale falarmos um pouco sobre a “teoria” da palavra shibari. Assim diz o Wikipedia:

Shibari (しばり) é um verbo japonês que significa literalmente amarrar ou ligar. É uma expressão que tomou um sentido diferente no século XX, quando o uso da corda (nawa em japonês) começa a ser utilizada no contexto o uso no shibari para fim erótico.

Kinbaku (緊縛) é a palavra japonesa para "bondage" ou ainda Kinbaku-bi que significa "o bondage bonito". Kinbaku (ou Sokubaku) é um estilo japonês de amarração sexual ou BDSM que envolve desde técnicas simples até as mais complicadas de nós, geralmente com várias peças de cordas (em geral de 5 mm à 8 mm, sendo a mais tradicional a de 6mm) e que podem ser de materiais diferentes, sendo a tradicional corda japonesa utilizada para o Shibari, a de juta. As cordas de cânhamo ou algodão. A palavra Shibari tornou-se comum no ocidente em meados dos anos 1990 para denominar a arte de amarração chamada Kinbaku.

Com isso em mente, podemos falar um pouco sobre a sua historia. Existe muito conteudo na rede sobre a origem desta arte. Muitos textos podem ser muito longos ou confusos, mas Marnie Sehayek conseguiu resumir e exemplificar muito bem o que seja tudo isso:

Cordas esticadas, tranças complexas e nós que confundiriam até um bom marinheiro estão atados à arte do kinbaku ou, como dizem por aí, o bondage japonês erótico. A prática, que incorpora aspectos de escultura, performance e pas de deux, caiu nas graças de artistas e figura no mainstream por meio de revistas de moda e galerias de arte. A prova definitiva de sua popularidade está no Instagram. Ao busca por #kinbaku, surge uma rolagem infinita com mais de 60.000 fotos.

Para os marujos de primeira viagem, o kinbaku é a última moda pop em BDSM. Para os escolados, porém, é uma tradição antiquíssima que atravessou séculos e séculos antes de se esgueirar pelas redes sociais. Antecedentes históricos incluem representações na arte shunga, gravuras eróticas japonesas que já serviram de educação sexual para recém-casados e na versão japonesa do Kama Sutra, o Shijuhatte.

A ilustração O Sonho da Mulher do Pescador, de Katsushika Hokusai, é uma referência icônica à arte erótica com cordas — a xilogravura ao estilo ukiyo-e retrata o êxtase de uma mulher tomada por polvos, cujos tentáculos entrelaçam seu corpo e provocam-na como uma corda.

 
 

Assim como já aconteceu com ferramentas ocidentais de repressão, a corda se tornou objeto de fetiche. As correntes de metal usadas para prender donzelas em perigo nos contos de fada ocidentais podem ser comparadas com a corda que reprime prisioneiros no folclore japonês. Em seu texto sobre o assunto, o livro The Beauty of Kinbaku [A Beleza do Kinbaku], o autor e professor Mestre "K" conta que o shibari, termo abrangente para amarração por corda, já exerceu uma miríade de funções práticas e decorativas ao longo da história do Japão, como em oferendas espirituais do xintoísmo, práticas de sumô e quimonos tradicionais. O uso em práticas eróticas é apenas mais uma aplicação da corda — uma ferramenta indissociável da própria cultura japonesa.

Para o olhar leigo, o kinbaku atual não parece muito diferente de suas raízes, fincadas em tortura, mas os praticantes não hesitam em louvar os prazeres e virtudes do "subespaço", momento em que parceiros submissos alcançam um estado meditativo profundamente terapêutico — ou seja, assim como muitos entusiastas do BDSM, os praticantes encontram libertação no bondage. "Feito do jeito certo, kinbaku não dói nada. É estritamente sensual", explicou Mestre "K" em uma entrevista. "Capaz que você saia de uma sessão de kinbaku tão relaxado quanto numa aula de hot yoga", disse ele ao descrever como as técnicas estimulam zonas erógenas, liberando endorfinas e dopamina no cérebro.

 
Nos anos 50, o editor da revista bizarre, John Willie, ficou fissurado por kinbaku depois de receber recortes sobre o tema de um correspondente do japão, e passou a incorporar a prática em suas fotografias bdsm. As interpretações de Willie também foram disseminadas no japão, onde exerceram bastante influência.
 

Ele ressaltou que o kinbaku é uma prática em que um amarrador "[assume] uma responsabilidade tremenda sobre [um] parceiro", e que o " kinbaku é, acima de tudo, uma questão de comunicação, empatia e profunda compreensão, antes de qualquer técnica ser aplicada".

Além de saber anatomia básica e a localização dos centros nervosos, isso significa preocupar-se com o estado físico e psicológico do outro, como, por exemplo, perguntar se o parceiro submisso está tomando algum remédio ou se já sofreu lesões com a prática. Só então, e isso é muito importante, é que um amarrador saberá ajustar as técnicas para tratar de necessidades particulares. Por trás dos panos, contou ele, tanto nos EUA quanto no Japão, as modelos de kinbaku acabam se machucando.

Mestre "K" disse que está feliz por ver o kinbaku ganhar fama. "Espero que seja valorizado pelos motivos certos... É muito empoderador reconhecerem o kinbaku por isso, em vez de tacharem a prática como ladainha misógina."

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